Na minha opinião, Portugal arde tanto porque os incêndios não passam de um grande negócio. Há, em Portugal, muita gente a lucrar com esta triste realidade. Arde tanto porque só durante a época estival é que as pessoas se lembram deste problema, porque há leis e medidas, mas as ações são escassas. Ou se há não são corretamente aplicadas. Portugal arde, muitas vezes, por "desleixo".
Talvez devido a uma certa negligência por parte do estado e uma ms escolha de políticas de combate, vigilâncias prevencao, tal como foi dito pelo Dr Marco Martins. Não esquecendo obviamente os fatores climáticos e uma falta de interesse por parte dos proprietários em limpar as suas terras.
Infelizmente, porque 80% do investimento é feito no combate aos incêndios, sendo apenas canalizados para a prevenção somente 20%. Obviamente que quanto menor a prevenção, mais serão os incêndios, mais será o dinheiro gasto em combate, mais serão os prejuízos e mais negro será o cenário do país.
A adequação dos meios existentes às necessidades dos municípios não são feitas da maneira correcta e necessária, o que tem originado a que tantos incêndios ocorram em Portugal .
Por ineficácia no ordenamento da floresta! Parece que ainda não perceberam que o combate não resolve a situação e tem que se apostar forte no ordenamento sendo essa a melhor solução preventiva porque quando não o fazemos leva a incêndios que se não forem extinguidos no processo de primeira intervenção são incontroláveis e leva a situações como estas que vivemos neste Verão.
Portugal arde tanto, porque não há instrumentos de gestão do território. Por isso, é necessário a criação de novos métodos florestais parecidos a dos anos 50.
Arde tanto no nosso país porque sofremos de um mau planeamento de ordenamento da floresta. Desde há 50 anos temos abandonado terrenos agrícolas, que se tornam floresta "descontrolada", aumentando assim o risco de incêndio.
Para além da falta de estratégia é necessário olharmos para a nossa floresta com outros olhos e rentabilizá-la, se os cidadãos e cidadãs criarem formas da explorar e se tornar uma fonte de rendimento, claramente esta realidade de incêndios mudará.
Porque é uma área da governação onde o investimento não é visível a curto prazo e ninguém possui a coragem de fazer aí um forte e efetivo investimento de prevenção e organização.
Arde tanto em Portugal porque existe uma falta de estratégia. Falta de estratégia no terreno que se verificou no incêndio de Vila de Rei, deixando a população isolada só com um carro. Falta de estratégia de prevenção, que não tem em conta a limpeza os terrenos e o não respeito pelo SNDFCI. Falta de estratégia de gestão de meios e operações.
Porque do mesmo modo que as desculpas se devem evitar e não pedir, também os fogos se devem prevenir em vez de combater. É urgente tomar novas medidas, entre as quais a fiscalização dos territórios florestarias e a sensibilização cívica.
O nosso país continua a arder tanto porque, entre outros aspectos, o foco da atenção e decisão passa por procurar dar resposta aos incêndios em vez de apostar forte e prioritariamente na prevenção.