Na sua opinião, são os partidos de centro/ moderados que se estão a radicalizar ou são os partidos extremistas que estão a ocupar o espaço do centro?
Os partidos moderados, de governo, têm revelado dificuldade em enfrentar com sucesso os desafios associados à desregulação, globalização e transformações tecnológicas, com forte impacto nas sociedades gerando incerteza e falta de confiança no futuro. Os extremos, até agora afastados das responsabilidades de governação, fazem um discurso simplista e mais apelativo. A sociedade radicaliza-se e os partidos extremistas avançam sobre o centro político.
Enquanto elemento de valor do Partido Socialista numa Universidade de Verão do Partido Social Democrata, julga que os políticos em Portugal têm maior probabilidade de divergir ou convergir ideologicamente?
O PS e o PSD são dois pilares do nosso sistema político. Partidos que partilham alternadamente a responsabilidade de governar. Sem prejuízo das diferenças, que são um fator de vitalidade democrática do sistema, devem dialogar e procurar aproximar posições, num esforço de compromisso. A Democracia supõe diálogo, as boas escolhas de médio e longo prazo supõem o compromisso.
Sérgio, tendo em conta as qualidades que nos partilha, acha que o facto de o PS liderar um executivo com apoio de partidos mais à esquerda, considera que está a ter um ato de coragem ou de bondade?
Qual foi o motivo para a sua demissão do Secretariado Nacional do PS ao não concordar com a estratégia política do líder do PS António costa, em formar governo minoritário com suporte do BE e PCP?
Se a eutanásia serve para pôr fim a uma vida sem qualidade, que é somente biológico e não humana, é possível aplicar o conceito de eutanásia aos indivíduos que se encontram em estado vegetal?
Tendo em conta algumas palestras que tiveram lugar na Universidade de Verão (UV) esta semana, um dos principais alertas que nos foi feito foi que Portugal precisa de se virar para o mercado mundial e não só o europeu. Qual a sua opinião em relação a este alerta?
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